
O maior programa de segurança alimentar e nutricional da América do Sul e um dos maiores do mundo está em perigo. Por isso, algumas das principais autoridades brasileiras no assunto estarão reunidas, numa live, na segunda-feira (22), para dizer que o PNAE pede socorro. Trata-se do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Ele foi criado para garantir no mínimo uma refeição diária aos alunos beneficiados. Estima-se que são quase 40 milhões de estudantes atendidos. Embora tenha sido criado oficialmente em 1983, no governo militar de João Figueiredo, a origem do PNAE remonta a 1954, com a Campanha da Merenda Escolar no governo de Getúlio Vargas. Na live, os deputados federais Paulo Pimenta e Maria do Rosário, ambos do PT do Rio Grande do Sul, terão participação especial para denunciar que a Câmara Federal poderá destruir essa política pública reconhecida no mundo todo. A live será transmitida a partir das 19h30 pelo Facebook das entidades organizadoras: Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) do RS, jornal Brasil de Fato e Rede Soberania. O Consea é um órgão de assessoramento imediato à Presidência da República, que integra o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). Em janeiro deste ano, o presidente Jair Bolsonaro extinguiu o Conselho na prática. Ele retirou do Consea, por meio de uma medida provisória, a atribuição de propor ao governo federal as “diretrizes e prioridades” da política e do plano nacional de segurança alimentar e nutricional. Mas, em maio a comissão mista do Congresso Nacional aprovou a reforma administrativa com um alteração que recria o Conselho.