Três deputados maringaenses ajudam a “passar a boiada” para reabrir a Estrada do Colono

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Estrada está fechada desde 1986 por decisão da justiça

Nem bem terminou a Semana Mundial do Meio Ambiente e a Câmara Federal, com o aval de três dos quatro deputados federais maringaenses, aprovou na quarta-feira requerimento de urgência para acelerar tramitação do projeto de lei com o objetivo de reabrir a Estrada do Colono no Parque Nacional do Iguaçu. Ricardo Barros (PP), Luiz Nishimori (PL) e Sargento Fahur (PSD) votaram favoráveis ao requerimento. Ênio Verri (PT) votou contra. Esta aprovação só foi possível porque os líderes partidários, numa solução tupiniquim, fizeram um acordo pela inclusão deste requerimento na pauta da sessão. O PL 984/19 está na Casa desde 2019 e sequer passou por todas as comissões que deveria passar. Agora, será apreciado diretamente no plenário. Foi um “passar a boiada” que pode resultar, como já vem definindo os críticos da reabertura da estrada, num “ecocídio”. O trecho de 18 quilômetros ligava Serranópolis do Iguaçu, no oeste, até Capanema, no sudoeste do Paraná, mas foi fechado por determinação da Justiça. De autoria do deputado Vermelho (PSD), o projeto cria uma categoria nova de unidade de conservação, a estrada-parque, possibilitando a reabertura do trecho de floresta protegida desde 1939. A estrada foi fechada por decisão judicial em 1986. Segundo o Ministério Público, a vegetação na estrada foi regenerada e a reabertura desmatará mais de 20 hectares, além de comprometer a integridade da UC. Os defensores pela volta da estrada vêem uma oportunidade de fomentar o turismo, enquanto que os contrários, como praticantes de esportes radicais e ambientalistas, entendem que será um desmatamento da Mata Atlântica e um retrocesso ambiental.


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