Tratamento precoce gratuito vai parar no Ministério Público

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A vereadora Professora Ana Lúcia (PDT) enviou ofício ao secretário de Saúde de Maringá, Marcelo Puzzi, com cópia ao prefeito Ulisses Maia (PSD), e outro ofício ao Ministério Público sobre o fato de a Rede Cross estar oferecendo assistência médica privada a pessoas carentes com suspeita de Covid-19. Ana Lúcia pede ao secretário que se pronuncie acerca do caso e se posicione em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). Ela solicita que Puzzi faça uma manifestação pública de reprovação desse tipo de iniciativa. Ana Lúcia entende que o acolhimento de alguém com suspeita de Covid-19 feito pela rede pública atende aos protocolos recomendados. “Ou seja, ao apresentar o sintoma a pessoa é encaminhada aos setores de atendimento exclusivo para Covid, faz o exame, e passa a ser monitorada 24 horas por dia”, escreve ela. Ana Lúcia requere à Promotoria de Justiça que examine o documento enviado ao secretário de Saúde e considere a possibilidade de fazer o encaminhamento inerente à alçada do Ministério Público. A vereadora afirma ao MP que interpreta esta prática da Rede Cross como sendo uma verdadeira afronta ao SUS “num momento em que as pessoas estão absolutamente vulneráveis, em situação de desespero e de desproteção, principalmente pela falta da vacina contra a Covid-19”. A iniciativa que está gerando polêmica envolve um grupo de empresários e a Rede Cross Hospital Dia. Divulgada amplamente, com a observação de que o atendimento gratuito não incluiria internação de longa permanência e nem hospitalização em leitos de UTI, ela significa na prática a oferta de tratamento precoce para a doença, onde se prescreve medicamentos como a hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, vitaminas C e D, e Zinco. Nas redes sociais, médicos maringaenses defensores desta iniciativa dizem que as doses adequadas devem ser prescritas levando em consideração a idade, sexo, estágio da doença, antecedentes mórbidos e a gravidade do quadro, entre outros.


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