
Vem aí a quarta edição da Caminhada/Pedalada pelo fim da violência contra a mulher”, no dia 12 de março, às 9 horas, em Maringá, para chamar a atenção da sociedade e do poder público sobre a necessidade de estabelecer políticas públicas para o combate à violência que vítima mulheres e meninas.
A concentração será na praça da Catedral. O nome é uma junção de duas modalidades esportivas com o objetivo de atender o público que gosta de caminhar e o que prefere pedalar. Diversas entidades da sociedade civil organizada confirmaram presença.
Para participar, basta chegar no local, seja a pé, de bicicleta, patinete ou outra forma de locomoção. No evento serão seguidos os protocolos de combate à Covid, com formação em fila indiana, para distanciamento. É solicitado, também, que cada pessoa leve seu álcool em gel e use máscara.
A organização é do Fórum Maringaense de Mulheres, em parceira com a Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres, Conselho Municipal da Mulher e a Procuradoria da Mulher da Câmara Municipal.
A violência contra a mulher é todo ato que resulta em morte ou lesão física, sexual ou psicológica de mulheres, tanto na esfera pública quanto na privada. Às vezes considerado um crime de ódio, este tipo de violência visa um grupo específico, com o gênero da vítima sendo o motivo principal.
80% das mulheres brasileiras já sofreram violência em seus deslocamentos pela cidade. Uma é vítima de estupro a cada 10 minutos; três são vítimas de feminicídio a cada 24 horas; uma travesti ou mulher é assassinada a cada dois dias e 30 mulheres sofrem agressão física por hora. São informações divulgadas pela agência do Instituto Patrícia Galvão, uma organização feminista de referência nos campos dos direitos das mulheres e da comunicação.
Em 2020, o Brasil registrou o assassinato de 3.913 mulheres, inclusos os números do feminicídio. Em números absolutos, 1.350 foram mortas por sua condição de gênero, ou seja, morreram por serem mulheres.