
Inverno chegando, explosão de casos de doenças respiratórias no Sul, mais a explosão de casos de sequelas crônicas e agudas da Covid-19. Estamos a poucas semanas de enveredarmos por um rumo sem previsão alguma de volta. Estamos a poucas semanas de um ponto de não retorno na crise brasileira da pandemia. São previsões sombrias, mas realistas, feitas, no dia 28 de março, por um dos neurocientistas mais respeitados no mundo: o médico brasileiro Miguel Nicolélis. No podcast, ele antevê que se o País não fizer o que tem que ser feito, iremos ver corpos sendo deixados nas ruas por falta de urnas funerárias. Serão recolhidos em sacos plásticos, enterrados em valas comuns. E isso vai acelerar o processo de contaminação do lençol freático, dos alimentos, gerando outras epidemias bacterianas gravíssimas e ameaçando a nação de entrar num caos nunca jamais visto. E o que tem que ser feito? O lockdown nacional, no Brasil inteiro. A primeira tarefa é criar uma comissão de salvação nacional, reunindo gente do poder público e da sociedade civil, principalmente cientistas. Depois se decreta um fechamento de 30 dias, com o bloqueio de rodovias, ferrovias, espaço aéreo. Só circula veículos a serviço de atividades essenciais, como transporte de alimentos, remédios, entre outros. Ao mesmo tempo, precisamos vacinar de 2 a 3 milhões de pessoas por dia. Só assim podemos salvar o Brasil e os brasileiros. Miguel Nicolélis coordenou o Comitê Científico de Combate ao Coronavírus, do Consórcio Nordeste de Governadores.