Sem o jornalismo, a situação estaria muito pior. Acreditem!

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O presidente teve que indenizar Patrícia Mello. Foto/Reuters

Nunca a profissão de jornalismo foi tão desacreditada. Claro que parte da imprensa tem culpa nisso, faz parte, infelizmente. Nunca antes foi tão mal-tratada pelo poder público. Bolsonaro que o diga. Aliás, o desprezo dele aos repórteres é um capítulo à parte. Quando se trata de mulheres, pior ainda, pois o desprezo se soma ao preconceito e ao machismo, levado à escala estratosférica. Ou alguém se esqueceu que Patrícia Campos Mello ouviu o presidente da Nação dizer, de forma maliciosa, que “ela queria dar o furo”, para o gracejo das hienas de plantão? Para quem não sabe, o capitão foi condenado a indenizar Patrícia em R$ 50 mil. Enfim, governantes autoritários não toleram jornalistas. E pensar que tem gente que confunde autoritarismo com deterninação. Talvez tenham feito uma leitura equivocada de Maquiavel. Autoritários não toleram perguntas incômodas ou questionamentos que muitas vezes o cidadão ou cidadã quer fazer. Neste 7 de abril, a homenagem ao jornalista carrega um simbolismo sem igual. Imprensa livre combina com democracia. Se o Brasil, a Rússia de Putin, a Hungria de Viktor Orbán, a Turquia de Recep Erdogan, a Venezuela de Nicolás Maduro e tantos outros países pelo mundo afora comandados por autocratas não tivessem a presença da imprensa, acreditem, a situação estaria muito pior.


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