Amanhã faz seis anos de um ato repressivo encampado pelas forças policiais do governo do Paraná, sob a ordem do governador Beto Richa (PSDB), cujo desfecho foi o saldo de mais de 200 servidores públicos, incluindo professores, feridos à bala de borracha, bombas de gás, sprays de pimenta, cacetetes e mordidas de cães. O Massacre do Centro Cívico, em Curitiba, como se tornou conhecido, virou uma data símbolo na luta dos trabalhadores do setor no Estado. Era 29 de abril de 2015 e milhares de funcionários públicos faziam uma manifestação contra a retirada de direitos na carreira da categoria.
Numa ação comandada pelo secretário da Segurança Pública do Paraná, Fernando Francischini, a polícia partiu para cima dos trabalhadores. As imagens da truculência correram mundo. Mesmo com o caos acontecendo na praça do Centro Cívico, o presidente da Assembléia Legislativa (Alep), Ademar Traiano (PSDB), manteve a votação da proposta do governo para desviar verbas da previdência dos servidores públicos estaduais para o caixa do governo, tornando posteriormente inviável o já combalido fundo previdenciário.
Votação dos deputados (as) em relação ao confisco:
A favor
– Alexandre Curi (PMDB)
– Alexandre Guimarães (PSC)
– André Bueno (PDT)
– Artagão Jr. (PMDB)
– Bernardo Ribas Carli (PSDB)
– Claudia Pereira (PSC)
– Cobra Repórter (PSC)
– Cristina Silvestri (PPS)
– Dr. Batista (PMN)
– Elio Rusch (DEM)
– Evandro Jr. (PSDB)
– Felipe Francischini (SD)
– Fernando Scanavaca (PDT)
– Francisco Bührer (PSDB)
– Guto Silva (PSC)
– Hussein Bakri (PSC)
– Jonas Guimarães (PMDB)
– Luiz Carlos Martins (PSD)
– Luiz Claudio Romanelli (PMDB)
– Marcio Nunes (PSC)
– Maria Victoria (PP)
– Mauro Moraes (PSDB)
– Missionário Ricardo Arruda (PSC)
– Nelson Justus (DEM)
– Paulo Litro (PSDB)
– Pedro Lupion (DEM)
– Plauto Miró (DEM)
– Schiavinato (PP)
– Tiago Amaral (PSB)
– Tião Medeiros (PTB)
– Wilmar Reichembach (PSC).
Contra
– Adelino Ribeiro (PSL)
– Ademir Bier (PMDB)
– Anibelli Neto (PMDB)
– Chico Brasileiro (PSD)
– Evandro Araújo (PSC)
– Gilberto Ribeiro (PSB)
– Gilson de Souza (PSC)
– Marcio Pacheco (PPL)
– Marcio Pauliki (PDT)
– Nelson Luersen (PDT)
– Nereu Moura (PMDB)
– Ney Leprevost (PSD)
– Palozi (PSC)
– Pastor Edson Praczyk (PRB)
– Péricles de Mello (PT)
– Professor Lemos (PT)
– Rasca Rodrigues (PV)
– Requião Filho (PMDB)
– Tadeu Veneri (PT)
– Tercílio Turini (PPS).
Não votaram
Cantora Mara Lima (PSDB)
Leonardo Paranhos (PSC)
Ademar Traiano (PSDB) por ser presidente da Casa, só vota em caso de empate