Que tem cheiro de queima tem

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O assassinato a tiros do policial militar Luis Carlos Felipe Martins, ontem pela manhã, quando saía de casa, no Rio de Janeiro, cheira a queima de arquivo. Mais uma suposta queima, porque Martins era muito ligado ao também PM Adriano da Nóbrega, morto numa misteriosa troca de tiros com a polícia na Bahia, em fevereiro do ano passado. Adriano havia sido denunciado pelo Ministério Público do Rio por comandar uma milícia e o chamado “Escritório do Crime”, grupo de matadores de aluguel. O site The Intercept Brasil obteve os dados da quebra de sigilo telefônico de Nóbrega, solicitada pelo MP. Nela, o policial Martins, morto ontem, citou a relação de Adriano da Nóbrega com o presidente Jair Bolsonaro. Esta menção foi feita no dia 15 de fevereiro do ano passado, dias depois de Nóbrega ser morto, segundo o portal UOL Notícias. “Adriano dizia que se fodia por ser amigo do presidente da República”, falou Martins. O monitoramento telefônico foi suspenso logo depois da menção ao presidente. Na sexta-feira (19),  o The Intercept voltou ao assunto e publicou novas escutas telefônicas com detalhes sobre o patrimônio de Adriano da Nóbrega, que chegaria a milhões de reais. Assim como Nóbrega, Martins foi homenageado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), em 2003, pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro, filho do presidente.


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