O prefeito de Carlópolis, Hiroshi Kubo (PSD), no norte pioneiro paranaense, foi advertido pelo Ministério Público depois que uma pessoa recebeu a terceira dose da vacina contra a Covid-19 no município. A Promotoria de Justiça da comarca emitiu recomendação administrativa ao prefeito e à secretária municipal de Saúde, Vivian Mariano da Silva Cuenca, para evitarem a repetição do fato. A gestão da cidade diz que houve falha no sistema de controle de aplicação. Um homem que já teria recebido duas doses foi ao posto de vacinação e recebeu a terceira, configurando crime de estelionato. A Promotoria de Justiça sugeriu medidas para assegurar a correta e rápida alimentação dos bancos de dados visando o controle das vacinas nos sistemas do Ministério da Saúde ou em sistema próprio. Os gestores deverão promover ações de educação em saúde, com ampla divulgação nos meios de comunicação locais sobre os riscos da “revacinação” e o cruzamento de doses de vacinas contra a Covid. As equipes de Carlópolis precisam orientar os moradores quanto à irregularidade da “revacinação” e à possibilidade de serem responsabilizados nas esferas cível e criminal. O MP alerta que além de imoral a prática pode ser qualificada como crime de estelionato. O fato ainda é grave sob o ponto de vista sanitário, pois não se sabe os efeitos para a saúde avindos do “cruzamento” ou da sobreposição de doses de vacinas diferentes. A Promotoria instaurou procedimento para apurar o possível crime do homem que teria recebido irregularmente a dose extra da vacina. Com cerca de 15 mil habitantes, Carlópolis fica às margens da represa da Usina Hidrelétrica de Chavantes, fazendo limite com a cidade paulista de Fartura.