Por descaso, fábrica fechada no PR não está produzindo oxigênio

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Com o colapso total que se avizinha diante da pandemia da Covid-19, agravado inclusive pela escassez de oxigênio medicinal, uma fábrica de fertilizantes da Petrobrás em Araucária (Fafen), no Paraná, fechada por Jair Bolsonaro, poderia mitigar a dramática falta deste insumo no Brasil, salvando milhares de vida. A fábrica tem capacidade para produzir cerca de 30 mil m³ de oxigênio por hora. Em dois turnos de trabalho, isso equivaleria a 30 mil cilindros hospitalares de pequeno porte. Ela está parada, sem operações, desde que o presidente determinou o encerramento das atividades em março de 2020, no início da pandemia do novo coronavírus. O incrível é que passados 12 meses e o Brasil perto de atingir a marca de 300 mil mortos, o governo federal continua ignorando a crise e não acena com a reabertura da fábrica. Reportagem do site “Outras Palavras” da última quinta-feira (18) mostra que tecnicamente, devido a existência de uma planta de separação de ar na unidade, ela pode, com uma pequena conversão, produzir o oxigênio hospitalar. A alegação da Petrobras para o fechamento foi de que a fábrica dava prejuízos e a estatal definiu sair do mercado de fertilizantes. Com isso, o país aumentou ainda mais a dependência de importação de fertilizantes para a agroindústria. De acordo com a direção do Sindipetro PR e SC, a fábrica não era deficitária e a prova disso é que outras duas unidades, em Sergipe e na Bahia, já estão sendo reativadas após terem sido arrendadas pela iniciativa privada.


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