Os chefões Lira, Ciro e Barros selam trégua

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Reprodução: revista Isto É

Os três chefões do Partido Progressista, o senador Ciro Nogueira e os deputados federais Arthur Lira e Ricardo Barros, acertaram um armisticio para acabar com a guerra interna do PP. Há semanas eles vinham trocando farpas e vazando informações para a imprensa sobre atos desabonadores de ambos. A batalha já deixava de ser oculta para ser aberta ao público, com risco de sair totalmente fora do controle, como de fato chegou a sair por algumas semanas. Na Executiva Nacional, Ciro é o presidente, Barros o tesoureiro geral e Lira apenas membro, mas com a caneta de presidente da Câmara Federal. A notícia sobre o acordo selado é do jornalista Diego Escosteguy, para quem a duração desta paz dependerá de alguns fatores.

Chefes do PP acertam trégua

Por Diego Escosteguy

“Os principais chefes políticos do PP acertaram hoje cedo uma trégua para pôr fim à guerra interna e silenciosa que crescia desde o começo da CPI da Pandemia. Ciro Nogueira, Ricardo Barros e Arthur Lira aceitaram encerrar as hostilidades antes que as pancadas fossem longe demais, pondo em risco a sobrevivência política deles e os planos de poder de cada grupo.

A ida de Ciro para a Casa Civil ajudou na recomposição provisória. Combinou-se que cada grupo voltará a respeitar os espaços de cada um. Acertou-se que haverá uma resposta coordenada aos ataques da CPI da Pandemia, cujas investigações chegaram em Barros e têm tudo para alcançar, em poucas semanas, Ciro e Lira.

Até então, os três trocavam recados indiretos, em alguns casos até com ameaças veladas, por meio da imprensa e de vazamento de fatos desabonadores contra os demais. Perderam o controle da situação durante semanas.

O sucesso dessa trégua dependerá de um equilíbrio difícil entre eles, em face da aliança com um governo errático e do avanço da CPI”.


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