Se nos bastidores o clima entre petistas e ciristas já não era bom, agora azedou de vez após a publicação de um manifesto em que Ciro Gomes (PDT) é um dos signatários ao lado de João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM), Luciano Huck e João Amoêdo (Novo). O manifesto, que também pede a defesa da democracia, da Constituição Federal de 1988 e se põe contra o autoritarismo, virou uma guerra declarada entre os partidários de Lula e de Ciro. De um lado, o PT diz que Ciro endireitou de vez e começa mostrar a que veio, enquanto que o PDT sustenta que tirar Lula da jogada é se reconciliar com a maioria do povo que, em 2018, teria votado em Bolsonaro como resposta à falta de mudanças estruturais nos governos do PT. O manifesto entende que a democracia brasileira está ameaçada e que “cabe a cada um de nós defendê-la e lutar por seus princípios e valores”. Foi publicado dias depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demitir o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, além dos comandantes das Forças Armadas (Exército, Aeronáutica e Marinha).