
O Coletivo Antiproibicionista promoverá neste sábado (10), pela terceira vez, a Marcha da Maconha de Maringá e Região. A iniciativa também ocorre em diversos municípios do Brasil, ao longo de todo o ano, tendo como principal objetivo estimular o debate sobre a atual lei de drogas. A marcha terá concentração na praça Renato Celidônio (Prefeitura Municipal) a partir das 14h e saída às 16h20 em direção ao estádio Willie Davids. Para o movimento que se embasa em pesquisas científicas de variadas áreas do conhecimento, a legislação vigente é ineficaz na tentativa de coibir o uso de substâncias como a maconha. Ao mesmo tempo em que o consumo de drogas aumenta, esta proibição também resulta no fortalecimento de grupos criminosos que detêm o controle da venda e dos lucros, justamente por ser algo proibido. Também como resultado do proibicionismo, as forças policiais são enviadas para o confronto com estes grupos sob a lógica da “guerra às drogas”, fato que resulta na morte diária de policiais e da população que fica no meio do fogo cruzado. A marcha pretende levar a mensagem de que a descriminalização, legalização e a regulamentação das drogas, por meio do Estado e de controle social, é um caminho muito mais benéfico para todo o conjunto da população do que a via da simples proibição. O tema da saúde também é debatido, sobre a necessidade de permitir o uso da Cannabis sativa para o tratamento de inúmeras doenças e transtornos frente ao reconhecimento da ciência sobre as propriedades medicinais. A partir de discussões como esta, vários países do mundo passaram a aplicar políticas públicas diferentes do modelo brasileiro de proibicionismo. Maringá entrou para o calendário nacional de marchas em 2018. Há quatro anos, mais de 1 mil pessoas participaram de uma semana de palestras e discussões até a mobilização de rua, com a 1ª Marcha da Maconha local, reunindo mais de 800 pessoas. Além de maringaenses, o evento de sábado terá a presença de moradores de Sarandi e Paiçandu, entre professores, médicos, psicólogos, mães e pais de crianças que já utilizam a maconha para o tratamento dos filhos.