Maia espinafra índice de Chapecó, mas Barros defende o modelo bozo da cidade catarinense

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O prefeito de Chapecó posa para foto ao lado de Bolsonaro

Na mesa-redonda virtual sobre saúde em tempos de pandemia, promovida pela Acim ontem, o prefeito Ulisses Maia (PSD) falou que Maringá apresenta o indicador médio de 1,88 mortes a cada mil habitantes, um dos melhores do Brasil, e, para comparar, citou os índices de Itajaí (2,20) e Chapecó (2,42). E quem falaria após Ulisses e tinha passado boa parte do dia em visita à cidade catarinense na companhia do ministro Marcelo Queiroga? O líder do governo na Câmara, deputado federal Ricardo Barros (PP). Sem pestanejar, ele, ex-ministro da Saúde no governo Temer, disse que Chapecó estava fazendo um “trabalho bem sucedido” na pandemia, afirmando também que “temos que fazer esta conciliação entre salvar vidas e salvar a economia”. Vejam só, o ministro da Saúde que, com Barros, acompanhava a comitiva do presidente Bolsonaro ao Sul do País, havia declarado que a cidade de SC “é o exemplo de que é possível conciliar a autonomia do médico com a recuperação de pacientes”, fazendo referência ao uso do tratamento precoce, sem comprovação científica de eficácia contra a doença. Bolsonaro também tem mencionado Chapecó como exemplo. O prefeito João Rodrigues (PSD) defende que médicos tenham liberdade e autonomia para receitarem o tratamento precoce. Ele tem propalado que a cidade passou aos melhores resultados com esta estratégia, mas os boletins epidemiológicos da prefeitura contrastam, pois na última terça-feira, 6, eram 187 internados com a Covid, 121 em UTIs e, desde o início da pandemia, 841 mortos.


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