
Por Nonato Viegas
Do blog “oBastidor”
25/06/2021
O presidente da Câmara, Arthur Lira, assiste satisfeito o desenrolar das acusações de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde. Acredita, segundo interlocutores, que a crise chegará no líder do governo, deputado Ricardo Barros. O clima entre os dois parlamentares do PP não é amistoso faz tempo porque disputam influência, indicações e acordos com o presidente Jair Bolsonaro.
Para o presidente da Câmara, Barros pressionou Bolsonaro para a compra da Covaxin. O líder responde por improbidade administrativa por supostamente favorecer a Global Saúde quando foi ministro da Saúde. A empresa recebeu R$ 20 milhões e descumpriu o contrato para a entrega de medicamentos.
A Global Saúde é sócia da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou a importação da Covaxin.
Barros fez pressão pública para que a Anvisa aprovasse a Covaxin e apresentou duas emendas para facilitar a importação do imunizante. Incluiu a Central Drugs Standard Control Organization na lista de agências de saúde no mundo cuja autorização de medicamentos em seus países valesse também no Brasil.