Líderes índigenas da região de Maringá, como Ivan Bribis Rodrigues (foto), formado em Direito pela UEM, viajaram em ônibus para Brasília para reforçar o protesto contra a demarcação de terras índigenas prevista pelo projeto de lei 490/2007. A Associação Indigenista de Maringá (Assindi) acompanha a movimentação e está preocupada com a violência com que os manifestantes estão sendo tratados na capital federal. A entidade recebeu pedido de apoio financeiro para ajudar no custeio da viagem da comunidade da Terra Indígena Apucaraninha, a qual pertence Ivan, graduado em fevereiro de 2010. O líder e a comunidade eram esperados na capital federal nesta manhã. O projeto 490/2007 pode dificultar o processo de demarcação e facilitar obras e exploração de recursos naturais em terras indígenas. Os manifestantes também reivindicam a retirada de garimpeiros da terra Munduruku, no Pará, e Yanomami, em Roraima. Ontem, um grupo subiu a rampa do Congresso Nacional e foi recebido com gás lacrimogêneo, balas de borracha e sprays de pimenta. Houve revide. Alguns policiais militares e agentes da segurança do Congresso foram feridos a flechadas. O blog recebeu a informação de que foi adiada a votação do projeto, que tramita na Câmara dos Deputados.