
Repete-se em Londrina a mesma situação ocorrida em Maringá por conta da discussão sobre o projeto que propunha criar um conselho municipal direcionado às pessoas LGBT. A única diferença é que em Maringá o colegiado levava a nomeclatura LGBTQI+, enquanto em Londrina vai se chamar, caso seja aprovado, Conselho da Pessoa LGBT. No mais, tudo segue o mesmo roteiro. No dia 9 de setembro, manifestantes contrários ao projeto de lei protestaram na frente da Câmara de Londrina. Proposto pelo Executivo, o PL seria votado em 1º turno, mas foi retirado de pauta por quatro sessões. Deve voltar na próxima semana.
Menos de uma semana após o PL ter sido colocado em banho-maria, o legislativo londrinense já está com o projeto de lei criando o Conselho Municipal da Família. A matéria tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Casa. E olha que lá o Conselho Municipal dos Direitos LGBT seria apenas consultivo, sem força para deliberar, como seria em Maringá. Representantes da Igreja Batista chegaram a levar faixas e cartazes à Câmara de Londrina dizendo que a proposta vai onerar os cofres públicos e criar privilégios ao público LGBT. Nesta quinta-feira, o prefeito Marcelo Belnati (PP) emitiu nota em defesa do Conselho.O trecho final da nota diz:
“E, para prevenir a VIOLÊNCIA e o PRECONCEITO, fiz um projeto de lei e encaminhei para a Câmara de Vereadores para criarmos o Conselho LGBT, que se somará aos mais de 28 diferentes conselhos já existentes em Londrina.
O conselho será CONSULTIVO e não deliberativo (é um espaço para debates), NÃO é REMUNERADO, ou seja, NÃO TEM CUSTO NENHUM, é zero custo, e NÃO tem NADA a ver com escolas ou ideologia de gênero (como alguns poucos preconceituosos homofóbicos cheios de ódio no coração insistem em espalhar Fake News).
O objetivo do Conselho é propor políticas públicas que visem proteger a população LGBT do preconceito e da violência.
Proteger!!!
Infelizmente, ainda hoje se pratica a violência e o preconceito contra pessoas apenas por sua orientação sexual. E quem faz isso não quer que se debata o assunto; não querem que se busque soluções…
Nós podemos fazer algo contra isso. Podemos debater. Construir soluções.
E o caminho é a criação do Conselho LGBT.
Diga NÃO À VIOLÊNCIA, AO PRECONCEITO, À HOMOFOBIA!
Diga SIM À VIDA!
Diga SIM AO RESPEITO A TODOS SERES HUMANOS INDEPENDENTE DE SUA RAÇA, SUA COR, SEU CREDO, SUAS POSSES OU DE SUA ORIENTAÇÃO SEXUAL”.