
Desde junho do ano passado, a grande maioria dos Estados brasileiros recebeu do Ministério da Saúde mais medicamentos do kit covid do que remédios para intubar pacientes graves internados com a doença. Isso aconteceu em nada menos que 22 estados e o Distrito Federal, das 27 unidades da federação. A eles, o Ministério da Saúde enviou mais cloroquina e tamiflu que sedativos, neurobloqueadores musculares e analgésicos opioides, o que demonstra uma descoordenação no plano nacional de enfrentamento à Covid-19 e contribui para a baixa do estoque do kit intubação. Realidade vexatória se atentarmos que não há estudos científicos que comprovem, conclusivamente, a eficácia do kit covid nem na prevenção e nem no tratamento da Covid-19. A maioria dos hospitais no País já sentem a falta de remédios para intubar. O MS diz que compete aos Estados e municípios a compra dos produtos. Enquanto isso, quem paga a conta é a população. E paga caro, com a própria vida.