
Neste 19 de abril, quando se celebra o Dia do Índio, o convite que se impõe a nós é uma reflexão sobre a situação destes povos especialmente no Brasil. Afinal, os indígenas enfrentam o genocídio desde o inicio da colonização portuguesa nas Américas. Segundo a Funai, a população indígena em 1500 era de cerca de 3 milhões de habitantes. No último censo do IBGE, de 2010, o Brasil tinha 896,9 mil indígenas. As violações de direitos contra esses povos têm crescido nos últimos anos. Em 2019, o Brasil teve o maior assassinato de indígenas da história em 11 anos. Segundo a Comissão Pastoral da Terra, foram sete mortes de líderes ante as duas acontecidas em 2018. Em homenagem à data, reproduzo a seguir um texto (postado no Facebook dela) da amiga e professora Débora Moura, da UEM, doutora em Enfermagem, que, no começo da carreira, trabalhou com os índios no Xingu:
“Há 15 anos, comecei meu trabalho no Parque Indígena do Xingu. Início de uma carreira construída com muito Trabalho, Dedicação, Estudo, Perseverança e Força!!!
Sinto imensa Gratidão pela oportunidade de ter convivido com vocês.
O aprendizado que tive nesses dois anos no Xingu transcende o aspecto profissional…
Eu aprendi inomináveis lições, entre elas: a Cultura Milenar Indígena, o Universo, a Natureza, os Animais e sobre o Ser Humano….
Aprendi que Dar é mais que receber…
Aprendi que riqueza é diretamente proporcional a Reciprocidade, Respeito, União, Amizade e Doação física e espiritual.
Trouxe um pedacinho de vocês dentro do meu coração e serão parte da minha História para sempre!!!
Yautatai, significa “Estrela”
Nome que recebi da Cacica e Pajé
Mapulu Pajé Kamayura
que me disse em 2004, primeira vez que estive no Xingu: “…Que bom que você voltou, eu te conheço faz muito tempo filhinha…” Hoje 15 anos depois eu consigo compreende-la…
Aos meus amigos de ontem e de hoje: a única forma de tornar grande um trabalho aos olhos de quem o faz, é fazê-lo com Amor. “