Há maracutaia na criação do banco digital da Caixa, acusa ex-ministro

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Sob o pretexto de estar promovendo um passo de modernidade na instituição, o governo federal prepara a criação de um novo banco digital da Caixa Econômica Federal, para onde estariam sendo empurrados os ativos que fazem da CEF uma empresa pública. A conta do FGTS, por exemplo, que é compulsória estaria sendo transferida para o novo banco para que ele nasça com um gigantesco valor patrimonial, inflado com dinheiro público. “Porque se fosse um passo de modernidade eles criariam uma subsidiária”, diz o ex-ministro Ciro Gomes. “E já estão negociando a privatização disso nos Estados Unidos”, afirma. “Ô Paulo Guedes [ministro da Economia], eu tô ligado ó bichão. Eu tô ligado e tu vai pagar por isso tudo. Isso eu juro ao povo brasileiro”, dispara Ciro, já emendando que a mesma equipe econômica estaria fazendo grandes tratativas de fusão com o norte-americano Bank Of América. “Sabe o que é isso brasileiro da agricultura? Você que não gosta de mim porque acha que sou comunista, que eu nunca fui. Nesta PEC aí, está lá bem direitinho, que se o Brasil passar da conta nos gastos correntes, e vai passar, o subsídio para a agricultura vai acabar. Sabe o que é isso? A Selic vai ter que correr atrás de 7% de inflação em julho e você não vai ter subsídio. Aí eu quero ver a agricultura brasileira continuar defendendo, eu sei que é a minoria [dos agricultores], este tipo de aberração. Este é um país assaltado. Eles estão assaltando o Brasil e nós precisamos que o povo acorde pra isso”. A PEC a qual o ex-ministro se refere é a Proposta de Emenda Constitucional 186, aprovada na semana passada pelo Congresso. Ao encaminhar a PEC, o governo disse que ela abriria caminho para a retomada do pagamento do auxílio emergencial, mas isso só seria possível com a implementação de um grande arrocho fiscal, incluindo congelamento de salários de servidores públicos. Arrocho este tornado oficial com a aprovação da PEC.


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