Evento debaterá o 11 de Setembro Chileno

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Bombardeio ao Palácio de La Moneda

Três trabalhadores chilenos residentes em Maringá irão debater, neste sábado (11), às 14 horas, pela Internet, o 11 de Setembro no Chile, que marcou para sempre a vida de um povo após a derrubada de um presidente eleito democraticamente. Embora esta data seja mais lembrada pela grande mídia como o dia da derrubada das torres gêmeas em Nova Iorque, num atentado terrorista, o 11 de Setembro Chileno suscita a atenção dos historiadores pelas circunstâncias do Golpe de Estado. Era 1970 quando Salvador Allende ocupou a presidência com grande apoio popular e em defesa do socialismo democrático. O governo dele foi marcado por nacionalizações, expropriações legalmente garantidas e pelo amparo aos mais pobres. Allende se tornou alvo num contexto de plena Guerra Fria, num momento em ocorriam golpes militares anticomunistas na América. Oficiais da Marinha e do Exército, com apoio financeiro da CIA e suporte das Forças Armadas dos Estados Unidos, e grupos terroristas de extrema-direita se aliaram para a derrubada do presidente, membro do Partido Socialista (alinhado à Unidade Popular). Do golpe emergiu sua figura mais proeminente, Augusto Pinochet, que viria a ser responsável por uma das ditaduras mais sangrentas da América Latina.

O ex-presidente Salvador Allende

Como descreve o site Aventuras na História, o mais curioso, pensando na data em que o episódio ocorreu, é que o ataque ao governo eleito foi digno de um atentado terrorista mas não é lembrado como tal. O Exército Chileno, com suporte dos EUA, bombardeou o Palácio de La Moneda, sede do governo, e invadiu o edifício em destruição para retirar Allende. Cercado, ele se matou, tese comprovada apenas em 2011, com trabalho da perícia médica, e reconhecimento da família do ex-presidente. 48 anos se passaram e a discussão sobre o Golpe não se esgota. Por isso, o debate de sábado, com transmissão pelo Google Meet, será mais uma contribuição para esclarecer o assunto. Estarão reunidos para falar sobre o tema a professora de História e Geografia, formada pela Universidade de Santiago, Nancy Thomas Acevedo; o técnico superior em comércio internacional e militante do Partido Comunista, Marcelo Muñoz Espech; e o geógrafo e professor de História aposentado, Manuel Jose Espech Almeyda. Para participar é só clicar no link da chamada.


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