
Os estudantes paranaenses também se preparam para “tomar” as ruas no dia 11 de agosto (quinta-feira) por eleições livres e em defesa da democracia, em resposta aos chamados do presidente Jair Bolsonaro para manifestações consideradas golpistas em 7 de setembro (Independência do Brasil). Assim, o movimento estudantil ensaia mais uma vez um protagonismo nos moldes do que foi visto em 1992, quando os “caras pintadas” invadiram as ruas em todo o Brasil pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello. A escolha do 11 de agosto é porque neste dia será lida em todo o Brasil, em diferentes horários, a carta em defesa da democracia e do processo eleitoral, divulgada pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). A estimativa é que o documento tenha 1 milhão de assinaturas no dia da leitura. Nome oficial: “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!”.
A convocação no Paraná é feita pela União Paranaense dos Estudantes (UPE), que representa os estudantes universitários, mas outras entidades também devem acompanhar o chamado. Trabalhadores também irão aderir aos atos, atendendo aos chamados das centrais sindicais, movimentos sociais e partidos políticos. A ideia é repetir as manifestações em 7 de setembro, em defesa do sistema eleitoral, da democracia e para denunciar a violência política. Bolsonaro tem preocupado setores pró-democracia ao insinuar que não irá aceitar o resultado das urnas caso seja derrotado em outubro nas eleições.
No dia 13 de agosto as mulheres vão às ruas para lutar contra a fome, a miséria, a Reforma Trabalhista e a violência contra a mulher. Elas vão denunciar os desmontes ocorridos nos últimos anos, que impactaram de forma mais profunda o segmento.