
O Ministério Público do Paraná e as defensorias públicas querem mais pressa das universidades estaduais públicas na adoção de medidas de igualdade racial, especialmente as que ajudem a evitar a evasão de cotistas dos bancos acadêmicos. Nesta semana, o MP sediou encontro virtual reunindo representantes das defensorias da União e do Estado e das universidades estaduais para discutir as políticas afirmativas raciais nessas instituições. Relatório em elaboração pelo Grupo de Trabalho de Políticas Etnorraciais da Defensoria Pública da União foi parte dominante na reunião. Em fase final, o documento se baseia em levantamento feito nas universidades. Para o MP, o importante é aprimorar e monitorar as políticas afirmativas com vistas ao cumprimento das previsões constitucionais e das leis que buscam garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades e a defesa de seus direitos. Ao discutirem os dados do relatório, os participantes apontaram ser urgente dar atenção à permanência estudantil de estudantes cotistas, medida fundamental para a melhoria dos índices de evasão universitária. Também foi pontuada a importância de avanços para a adoção de cotas raciais nos cursos de pós-graduação. A previsão do grupo de trabalho é promover, nos próximos meses, fórum de debates com a ampla participação da sociedade civil sobre os resultados do monitoramento. O objetivo é que a sociedade possa acompanhar a situação das ações afirmativas raciais em cada uma das universidades públicas paranaenses.