Criado o primeiro robô trans da América Latina

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A Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) criaram um robô trans para conversar com jovens sobre a prevenção combinada do vírus HIV, causador da AIDS, numa estratégia que faz uso simultâneo de diferentes abordagens preventivas. Trata-se da primeira travesti robô da América Latina, chamada Amanda Selfie. Ela foi criada com tecnologia de inteligência artificial e tem ainda a função de identificar práticas de risco e facilitar o acesso aos serviços de prevenção. Amanda Selfie, que também é personagem de uma história em quadrinhos, utiliza uma linguagem inspirada no pajubá, dialeto que agrega vocabulário africano e da comunidade LGBT, mais a combinação de características futurística e robótica. São traços que chamam a atenção de homens jovens e adolescentes habituados a fazer sexo com homens, travestis e mulheres transexuais. A assistente digital ainda dá informações sobre efeitos colaterais e possíveis interações da profilaxia pré-exposição com hormônios, álcool e outras drogas. Ela também oferece agendamento de consultas com os profissionais de saúde, por meio do Messenger, no Facebook, para informar possíveis estratégias de prevenção. Dados do Ministério da Saúde apontam que a taxa de detecção de casos de Aids entre jovens de 15 a 24 anos de idade mais do que dobrou nos últimos 10 anos no Brasil. Amanda Selfie foi criada dentro do contexto de uma pesquisa batizada de “Projeto PrEP 1519”, desenvolvido por pesquisadores das duas instituições baianas em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade de São Paulo (USP).


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