
Por Nonato Viegas, do blog “oBastidor”
O grupo de senadores de oposição e independentes da CPI da Pandemia pretende ouvir Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, depois da análise de documentos e da decisão do recurso contra a ordem do STF que garante o silêncio do empresário e lobista Francisco Emerson Maximiano, o Max da Precisa Medicamentos.
Barros não gosta da espera porque está sendo atacado pelas acusações de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin. Esse enfraquecimento político dificulta sua atuação como líder do governo.
Essa exposição prolongada é, na avaliação de Barros, mais uma armadilha. Ele rivaliza com o presidente da Câmara, Arthur Lira, que aproveita o momento para pautar temas de interesse do governo, como, por exemplo, as reformas administrativa, eleitoral e fundiária, além do projeto que acaba com super salários.
O enfraquecimento de Barros prejudica a articulação do governo nessas votações, mas dá vantagem a Lira porque o presidente da Câmara ganha ainda mais relevância para o presidente Jair Bolsonaro.