A situação não anda muito boa para o lado do secretário de Educação do Paraná, Renato Feder. Nesta semana, ele foi duramente criticado por alguns deputados estaduais por ter trocado a presidência do Conselho Estadual de Educação. A professora Graça Saad foi exonerada no meio do mandato. Luiz Claudio Romanelli (PSB) cobrou explicações de Feder. Para ele, existe uma completa falta de visão sistêmica do gestor da pasta e pediu que o secretário seja convocado pela Comissão de Educação da Assembleia. “Estamos entrando no terceiro ano de governo com conflitos permanentes. Há uma inversão de valores em relação às ações na área de Educação”, criticou. O deputado entende que Feder tem sido autoritário na condução da Seed, acusando ainda o secretário de ter tomado decisões que são atribuições do CEE. O deputado Anibeli Neto (MDB) disse não ver motivo para a mudança na presidência do Conselho, acusando Feder de “radicalismo”. O líder do governo na Assembleia, deputado Hussein Bakri (PSD), acha que Feder deve explicações aos parlamentares. O secretário não revelou o motivo da exoneração e nem adiantou quem irá substituir Graça Saad. Feder tem 41 anos e, no ano passado, chegou a ser cotado para ser ministro da Educação no lugar de Abraham Weintraub. Antes de ser convidado pelo governador Ratinho Junior (PSD), trabalhou como assessor voluntário na Secretaria de Educação de São Paulo. Empresário, exerceu também o cargo de CEO da empresa de informática Multilaser, que ajudou a criar. Ele responde junto ao sócio, Alexandre Ostrowiecki, a um processo por suspeita de fraudar R$ 3,2 milhões em declarações de impostos na condução da Multilaser.