Nada menos que 107 pedidos de cassação de Jair Bolsonaro (sem partido) estão sobre a mesa de Arthur Lira (PP). É quase o dobro do número contra a ex-presidente Dilma (PT). Nos sete dias entre 31 de março e 6 de abril foram 32 protocolados. Desses, apenas um não cita a atuação do presidente para boicotar o combate à crise sanitária e denuncia as tentativas de uso político das Forças Armadas. “A inépcia do governo Bolsonaro na gestão da pandemia fez o número de pedidos de impeachment contra o presidente disparar nas últimas semanas”, escreveu João Frey, chefe de redação do Congresso em Foco, site jornalístico independente e apartidário. Não existe norma que impeça o presidente da Câmara de apenas sentar sobre a pilha de documentos e ficar observando novos chegarem. Mas, um advogado paranaense recorreu ao STF pedindo que a Corte estipule um prazo para que o presidente da Câmara aceite ou decline os protocolos. O Mandado de Injunção está sob análise da ministra Cármen Lúcia.