Barros insinua que Aras deve arquivar relatório da CPI

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Foto: Jeffeerson Rudy/Agência Estado

Para quem acompanha os trabalhos diários da CPI da Covid, certo de que o trabalho da Comissão, prestes a ser encerrado, tem sido fundamental para, por exemplo, barrar a compra superfaturada de vacinas, a declaração do líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado federal Ricardo Barros (PP), ao Congresso em Foco Insider, ontem (11), soa preocupante, além de uma manifestação ostentiva de desdém.

Em entrevista excluviva, Barros, que, investigado pela CPI, deve estar entre os indiciados no relatório de Renan Calheiros (MDB), disse que a Comissão fracassou, não levantou provas de corrupção, e que, ciente disso, o senador Calheiros “está desesperado que o Aras vai pegar o relatório dele, meter a caneta e arquivar”. Nem contra si próprio, entende o líder, a CPI reuniu provas sobre seu possível envolvimento com denúncias de corrupção no caso da vacina indiana Covaxin. Augusto Aras é o procurador geral da República, a quem competirá dar prosseguimento ou não ao relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito.

Na opinião de Barros, a CPI fracassou ao não conseguir reunir provas suficientes das irregularidades que apurou. “A preocupação do Renan é como é que faz para o relatório não ir para o lixo. Porque eles não conseguiram nada. Nada, nada, nada. A única narrativa que se confirmou na CPI foi a da Prevent Sênior. E ainda assim, com alguma dúvida. Eles não têm prova de corrupção, eles não têm provas de desvio, não têm prova de má conduta, nem de curandeirismo eles têm prova”. Durma com isso, se possível.


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