Aos 25 anos, a UEM FM resiste ao processo de desmonte

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Uma das principais emissoras de rádio universitária do Paraná e do Brasil, a UEM FM completou 25 anos neste sábado, 4 de dezembro. Não é pouca coisa. Estar operando com a qualidade de programação cultural e jornalística significa um ato de resistência a tudo que a rádio tem se deparado nesta trajetória. Nasceu sob a égide da bravura de alguns dirigentes da época, mas sempre teve dificuldade de toda ordem, especialmente financeira. Três fatores pesam para a continuidade do trabalho digno: a ausência de um espaço mais adequado (a UEM FM funciona desde o início na antiga garagem da Reitoria), a falta de dinheiro para pagar taxas e comprar equipamentos modernos e de melhor qualidade, e a falta de funcionários capaz de garantir a todo momento o suporte técnico, administrativo e funcional necessário. Não fosse o voluntarismo e a abnegação de muitos, a emissora não alcançaria o patamar atual. O que é preciso? Sensibilidade e visão política dos governantes de plantão. Não se faz uma rádio de qualidade sem dinheiro e sem pessoal. Muito menos, sem visão política. A UEM FM é vítima do processo de desmonte nas universidades estaduais públicas paranaenses. E nunca foi tão primordial manter no ar uma emissora radiofônica que, ao dar voz à ciência, ao debate e ao pluralismo de ideias, faz o contraponto ao momento atual em que a confusão de informações (proposital) e a polarização política (alimentada de forma intencional para fazer a população esquecer os verdadeiros problemas estruturais do Brasil), parecem durar uma eternidade. Para a nossa profunda tristeza. Leia a reportagem divulgada no site da Assessoria de Comunicação Social da UEM e no portal de notícias da Universidade sobre os 25 anos da rádio.


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