
Seja qual for o motivo que a investigação apontar, o episódio da bomba deixada numa árvore em frente da RPC Maringá (Globo), no final da tarde de ontem (6), merece o repúdio da sociedade, independente da punição a ser aplicada. O fato cheira a uma ameaça ao exercício da liberdade de imprensa. Ainda mais porque, nestes dias, as televisões, a Globo entre elas, vêm divulgando, de maneira exemplar, o caos que tomou conta do sistema de saúde por conta da Covid-19. Foi preciso vir o esquadrão antibombas de Curitiba para retirar o artefato do local e detonar o explosivo na imediações da avenida Guedner. Conforme o noticiário policial, a emissora foi evacuada e o corpo de bombeiros isolou a área. Só não houve tumulto porque uma grande parte dos profissionais do jornalismo está trabalhando em home office. Em 2011, a sede da empresa foi alvo de atentado. Quinze tiros atingiram a fachada da emissora durante a madrugada. Na época, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, a Abert, declarou que a ação era uma tentativa de intimidação ao trabalho desenvolvido pela RPC. A foto é do “plantaomaringa.com”.