Alunos do ensino superior remoto estariam pagando por provas

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Estudantes da UEM estariam utilizando uma conta coletiva no Instagram para pagar a pessoas que possam resolver suas provas em cursos de graduação. Em uma das postagens, o aluno diz que paga R$ 150,00 a quem se oferecer para fazer “uma lista de estatística”. Em outro post, o internauta diz que precisa “de alguém que manja em geometria euclidiana” para lhe ajudar “com uma prova quinta-feira, no precinho”. Um terceiro está à procura de quem saiba bem de orgânica 2. Na mesma página, alguém anuncia que necessita de alguém entendido em bioestatística “para fazer uma prova no precinho”. Outro aluno ou aluna (as postagens são anônimas) pede que se publique a fim de que possa achar uma pessoa capaz de responder às questões de cálculo 2 numa prova. E avisa: “é sobre retas e planos” e “é para segunda-feira”. O blog apurou que esta prática pode configurar crime de falsidade ideológica, com pena de reclusão de 1 a 5 anos, ou crime de falsa identidade, podendo resultar de 1 a 3 anos de prisão. Todos os estudantes estão acompanhando aulas pelo Ensino Remoto Emergencial, sistema adotado pela UEM e outras universidades públicas paranaenses diante da pandemia. No caso da UEM, o modelo foi instituído pela resolução nº 6/2019, do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP), e renovado pela resolução nº 17/2021, também do CEP. Professores avaliam o “mercado paralelo” de resolução de provas como uma conduta reprovável. Lembrando que o sistema de aulas presenciais nas instituições estaduais de ensino superior públicas está suspenso desde o começo da crise sanitária, em março do ano passado.


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